sexta-feira, 20 de março de 2009

Variáveis

Dentro da matemática existem constantes e variáveis, por exemplo, a velocidade da luz é de 300mil km/s em qualquer lugar do universo, portanto uma constante, agora temos variáveis que pode ser, por exemplo, a velocidade de um carro. Mas esta variação da velocidade do carro se deve ao que? Primeiro a mais obvia que é à força do pé do motorista no acelerador, outra seria o atrito do pneu no asfalto, ou a regulagem do motor, partindo deste vamos dizer que também a força do pé do motorista no acelerador é variável logo porque ela é variável? Podemos novamente achar mais motivos, a força varia conforme a vontade do motorista, esta força varia também conforme a capacidade do motorista de impor uma maior ou menor pressão no pedal, uma pessoa mais parruda conseguiria colocar mais pressão que uma pessoa mais leve por assim dizer. Nesta linha de pensamento podemos evoluir e entender que a vontade do motorista é variável, e vamos aqui também poder elencar todos os motivos para ela ser variável e dentro desta listagem teremos novas variáveis que assim teriam novas variáveis e talvez uma progressão infinita. Mas esta progressão de variáveis pode encontrar círculos fechados ou ramificações em que a variável filha é igual a uma variável mãe ancestral, por exemplo, no caso do carro a vontade do motorista pode variar se ele tiver vontade de passar por um local com maior atrito entre o pneu e o asfalto, voltando assim neste ponto para a variável do atrito do pneu com o asfalto que faz variar a velocidade, mas o atrito pode variar também fora a vontade do motorista, em fim se colocássemos isto em um tipo organograma veríamos linhas e quadros em uma sucessão com retornos de variáveis filhas para variáveis mães que podem assim gerar outras variáveis, podemos inclusive desta maneira estudar uma causa a partir de um organograma, assim podemos escolher uma causa e ir eliminando as variáveis que não se encaixam e juntando variáveis filhas com variáveis mãe até formar uma sucessão que emboque na causa, como por exemplo a parada total do carro, seria resultado da vontade do motorista, da pressão sobre o freio, do atrito e mais um milhão de outras coisas, se pensarmos bem podemos até colocar a resistência do ar que exerce no carro, esta resistência que varia com a velocidade que varia entre tantas coisas pelo atrito, que varia entre tantas coisas pela mudança de composição do terreno que vai variando ad infinitum. Onde quero chegar com isto? Na verdade acho que tem alguma coisa escondida neste pensamento, sei que muitas das variáveis são inexpressivas, e sei que elas todas somadas criam uma causa/efeito, também sei que esta causa/efeito é composta por milhões de variáveis que se conectam, sei que vivemos neste mundo, e este mar de variáveis por mais inexpressivas que sejam são a grande maioria na composição da causa/efeito. Ninguém pensa na quantidade indescritível de variáveis que existe só no ato de um carro se movimentar, portanto não temos controle sobre a maioria das variáveis, logo vivemos controlando as principais e obvias variáveis, foge do nosso controle a grande maioria delas, logo estas causas/efeitos que não temos controle é guiada pela intersecção com outras milhares de variáveis também não controladas, estas variáveis sem controle nos levam para onde elas forem, somos então folhas no vento, tentamos nos agarrar em algumas variáveis que podemos controlar, mas no final a massa de variáveis que não controlamos nos leva, esta massa não pensa ela só interage logicamente com o ambiente, ela não tem nenhum controle extra-humano, portanto não somos nada alem de viventes em um ambiente irracional que nos joga onde ele for e nos jogar. Teria que prosseguir com o pensamento não sei se realmente fui sincero em algumas conclusões, no final estou percebendo que parece talvez como uma teoria do caos, talvez, outros textos sobre este assunto serão escritos.

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