segunda-feira, 13 de abril de 2009

Ele morreu na cruz para nos salvar?

Talvez em toda sua história a parte que mais é estranha a Jesus é a sua morte, sempre foi um homem pacifista, um homem que tentava mostrar o amor e o perdão como bases de uma moral, emancipou a mulher, um adendo, esta parte devidamente limada dos evangelhos escolhidos como sendo “oficiais” pela igreja, sabe-se hoje que os ditos evangelhos apócrifos mostram o Jesus mais humano que é pinçado em alguns momentos nos ditos oficiais, devemos lembrar que estes quatro evangelhos hoje constantes na bíblia não são como posso dizer os únicos verdadeiros e não eram assim considerados nem na época do conselho de Nicéia, foi o Bispo Irineu de Lyon o primeiro a sugerir que seriam quatro evangelhos nem mais nem menos e isto seguindo uma indicação um tanto infantil sobre os quatro prontos cardeais etc, etc, etc. Mas mesmo assim os textos apócrifos eram considerados de difícil leitura e que assim não deveriam ser colocados para o grande publico, mas somente para consulta interna, os quatro escolhidos eram mais simples e mais conciliadores com as opiniões na época, não eram polêmicos como o de Madalena, Tiago e Pedro e tinham um enredo mais fechado dando mais ênfase a um Jesus divino e menos humano com mais milagres, mágicas, traições e morte, por exemplo, o evangelho atribuído a Judas diz que Jesus combinou com o proprio Judas a traição, não é muito claro o porque Jesus queria fazer isto, talvez e como entendemos em diante Jesus não foi o primeiro a morrer por uma causa que pregava, a entrega da vida para defender algo é antiguíssimo até hoje quantos soldados, policiais, bombeiros não doam sua vida pelo bem de outras pessoas, e Jesus a época sentia as mazelas do povo e ele pelo o que entendemos também talvez por ele saber que era diferente de todos naquela sociedade com um entendimento maior sobre o que a vida representa, chega em um momento, em que por mais que ele instigue e dite seus ensinamentos a coisa continuava do mesmo jeito ninguém lhe dava ouvidos a não ser poucos discípulos, Jesus intrigado com esta situação decide então fazer uma permuta com deus, morreria para salvar o mundo e assim deus perdoaria todos os pecados dos humanos, obviamente que os evangelhos mostram que deus deu um certo tipo de alvará para Jesus fazer isto e que sim o mundo seria salvo, bom ai entramos na parte critica da coisa, primeiro porque deus precisa deste sacrifício para salvar o mundo? Será que ele tem que sacrificar uma pessoa daquela forma para salvar a humanidade? Não podia simplesmente salvar sem o sacrifício? Segundo e para mim mais critica ainda, a humanidade não foi salva e ao contrário muitas coisas simplesmente piorarão muito, guerras santas, perseguições contra judeus, injustificada perseguição contra as mulheres, perseguição contra a ciência existente ainda hoje, uma gama de preconceitos incríveis, fora os problemas que já existiam que não foram solucionados, inclusive após 2009 anos após sua morte a coisa melhorou e piorou por mais incrível que possa ser os países mais seculares do oeste Europeu (com grande quantidade de ateus e pessoas sem religião) melhoraram muito, em contrapartida nos países mais religiosos onde a incidência de crimes e intolerância é gigantesca, se formos olhar assim a educação, informação e o esclarecimento tem feito muito mais que o sacrifício do jovem judeu da palestina e para mim por mais belas e revolucionárias palavras que Jesus proferiu se perdem neste ultimo ato desesperado de chamar deus a prestar atenção neste planeta e no final como estamos vendo não valeu em nada seu sacrifício pois o homem continua perdido e sem referencia.
Jesus morreu na cruz esperando por deus e no final ele percebeu que deus não viria e como ele não veio e não virá, porque por hora ou não existe ou não faz questão deste planeta.
A compreensão humana não é um exame desinteressado, mas recebe infusões da vontade e dos afetos; disso se originam ciências que podem ser chamadas ‘ciências conforme a nossa vontade’. Pois um homem acredita mais facilmente no que gostaria que fosse verdade. Assim, ele rejeita coisas difíceis pela impaciência de pesquisar; coisas sensatas, porque diminuem a esperança; as coisas mais profundas da natureza, por superstição; a luz da experiência, por arrogância e orgulho; coisas que não são comumente aceitas, por deferência à opinião do vulgo. Em suma, inúmeras são as maneiras, e às vezes imperceptíveis, pelas quais os afetos colorem e contaminam o entendimento.” Francis Bacon

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