Você lava suas roupas e depois deve passá-las porque convencionamos que deve ser feito desta maneira. Usamos um aparelho (ferro de passar roupa) criado para deixar as roupas lisas. Este equipamento consome em média 1200 W/h. Imaginemos que metade da população mundial se utilize deste aparelho, 3 bilhões de pessoas (vou fazer as contas usando números a favor do aparelho) e que essas pessoas estão em famílias com média de 5 pessoas. Temos então 600 milhões de utilizações/mês. Calculo por baixo que cada família utilize somente 1 hora por mês este aparelho. Teríamos um consumo mensal de 720 bilhões de W/mês ou 720 milhões de kW/mês. No Brasil, o consumo médio de uma residência é de 150 kW/mês. Com esses valores, conseguiríamos sustentar nada menos que quase 5 milhões de residências, isto é, quase a metade da cidade de São Paulo inteira. Isto é, conseguiríamos sustentar a metade da cidade de São Paulo só usando roupas amassadas.
Mas vamos então calcular quanto à cidade de São Paulo sozinha economizaria se largássemos esta convenção de usar roupas sem nenhum amassado. Temos 11 milhões de pessoas e, pelas mesmas contas descritas acima, teríamos uma economia de 2,64 milhões de kW/mês, ou 17.600 mil residências, ou uma cidade de quase 100 mil habitantes. Na minha sincera opinião, é um grande desperdício, quando levamos em conta que é só para mantermos nossas roupas desamassadas, e que isto representa uma convenção social de séculos atrás.
Mas do papo para a prática, como isto poderia ser feito? Uma nova moda, usar roupas amassadas, seria a moda do século. Como? Fica a critério dos estilistas. Eles teriam que dar um jeito nisto. As lojas, os comerciantes, as novelas, alguém forte desta área teria que comprar esta ideia. Vamos esperar para ver. A economia é garantida.
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